A fabricante australiana de cerveja Young Henrys está testando usar algas como conversor natural para transformar dióxido de carbono (CO2) em oxigênio. Assim, cortando as emissões de CO2 geradas durante a produção.
Como funciona?
Na fabricação de cerveja, o CO2 é produzido naturalmente durante o processo de fermentação, gerando a efervescência natural da cerveja.
A solução do “The Algae Project”, realizado em parceria com cientistas do clima, é retirar o excesso do dióxido de carbono para alimentar um biorreator de algas de 400 litros. Ali, 20 trilhões de células de microalgas agem para absorver o CO2, criar mais algas e oxigênio. A substância resultante pode ser liberada no ar sem causar danos ambientais.
Os idealizadores estimam que o biorreator produz tanto oxigênio quanto um hectare de floresta australiana. “É como se estivéssemos instalando uma mini floresta no chão da cervejaria”, afirma o Dr. Leen Labeeuw, biotecnologista do instituto de pesquisa Climate Change Cluster da Universidade de Tecnologia de Sydney, na Austrália.
A maior ambição da cervejaria Young Henrys é se tornar neutra em carbono. O objetivo é que 100% das necessidades energéticas sejam abastecidas por energia renovável até o final de 2021.