A possibilidade de armazenar energia eólica em larga escala parecia algo distante no Brasil, inclusive, quando cogitada pela ex-presidente Dilma Rousseff, através da expressão “estocar vento”, a ideia foi até criticada pela oposição.
Apesar desses fatos, a capacidade de armazenar energia eólica sempre existiu e, agora, já é realidade no país por meio de um projeto pioneiro realizado no Rio Grande do Norte.
O estado, considerado o maior produtor deste tipo de energia renovável, será o primeiro do país a realizar tal feito por meio de uma parceria com a empresa EV Brasil Consultoria Ltda, representante brasileira da suíça Energy Vault SA.
Mais sobre o projeto para armazenar energia eólica
O projeto tem como objetivo armazenar energia eólica em larga escala e com longa duração. O governo ainda pretende associá-lo à produção de hidrogênio verde, através da abertura do mercado eólico offshore.
A tecnologia utilizada para a estocagem — que, inclusive, já recebeu o prêmio “Pioneiros de Tecnologia 2020” do Fórum Econômico Mundial (Davos) —, é caracterizada por torres de até 120 m de altura, construídas com blocos de concreto.
Ainda de acordo com a Energy Vault SA, esta tecnologia que será utilizada no Rio Grande do Norte possui eficiência de 80 a 85%, além disso, sua capacidade de resistência é de mais de 35 anos.
A projeção é que o Rio Grande do Norte chegue a estocar de 400 MW a 600 MW em unidades de armazenamento de energia verde gravitacional até 2024.
RN é líder na produção de energia eólica
O Rio Grande do Norte já não é mais conhecido apenas pelo belo litoral, mas também pela sua grande capacidade de produção eólica no país.
Atualmente, o estado assumiu o protagonismo no setor e já atingiu a autossuficiência.
São 194 parques em operação, 47 em construção e 79 já contratados, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O ambiente propício do estado com características geográficas e topográficas essenciais para a produção eólica, sem dúvidas, contribuiu para esta liderança, assim como o apoio do Governo do Estado e de iniciativas privadas.
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