Um estudante de Itajaí em Santa Catarina criou um sistema de filtragem 100% eficiente para ajudar a reduzir a quantidade de microplásticos que contaminam a água. Sua inovação foi adotada por uma Estação de Tratamento de Água ETA, que fornece 70% do abastecimento de água potável da cidade.
O Projeto “Desenvolvimento de um mecanismo de retenção de microplásticos em Estações de Tratamento de Água (ETAs)”, garantiu a primeira vitória brasileira por votação popular do Stockholm Junior Water Prize 2021. Desenvolvido por Gabriel com a orientação da professora Fernanda Poleza, recebeu mais de 26 mil votos.
“Essa vitória brasileira no Stockholm Junior Water Prize demonstra a resiliência da educação brasileira e principalmente o compromisso que nossos estudantes têm na construção de soluções ambientais com viés coletivo gerando impactos na sociedade”, ressalta Witan Silva, engenheiro ambiental e sanitarista e coordenador nacional do Programa de Jovens Profissionais do Saneamento
Como funciona o sistema de filtragem de microplásticos?
O sistema criado por Gabriel filtra a água na superfície e retém estas partículas. “Os microplásticos são menos densos que a água e por isso o mecanismo de filtração filtra apenas a parte superficial da lâmina d’água. O filtro utiliza um skimmer que, através de canos, direciona a água para um cilindro plástico com fundo de malha de nylon de abertura de 300µ. Este copo coletor é o elemento filtrante, onde a água passa e o microplástico fica retido na malha”, relata o jovem inventor.
O mecanismo pode ser facilmente incorporado ao processo de tratamento de água nas Estações de Tratamento de Água, já que não necessita de reformas estruturais para a sua instalação, que tem um custo de cerca de R$ 450.