Um projeto é liderado pelo Instituto Inclusão, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e a paróquia Santo Afonso realiza o plantio de uma horta comunitária há cerca de 2 meses em um terreno abandonado.
Anteriormente repleto de entulho e mata alta, o terreno — que tem cerca de 750 metros quadrados — se transformou na porta de entrada para uma vida digna a mais de 100 pessoas carentes em São Sebastião, no Distrito Federal.
Quem Faz e Como Funciona a Horta Comunitária
Para que o projeto funcionasse, foi preciso da participação de diversos órgãos públicos para adquirir os insumos utilizados na horta, equipe para a limpeza do terreno e a assistência técnica para o preparo e produção dos cursos ministrados no local.
A coordenação da manutenção e plantio da horta comunitária fica por conta do Instituto Inclusão, órgão que abriga acolhidos em casas de passagem, como famílias migrantes entre os estados brasileiros que não têm residência fixa, homens em situação de rua e dependentes químicos.
Em entrevista para a Agência Brasília, Mayara Rocha, secretária de Desenvolvimento Social, conta que o incentivo de cultivar alimentos saudáveis e naturais através de hortas comunitárias, promove a prática positiva da interação social, o que proporciona aos participantes, bem- estar mental e físico.
“A horta é uma grande ferramenta para trabalhar a segurança alimentar, a educação ambiental, a mobilização social e os aspectos de vizinhança. Além disso, mais do que útil e saudável, é uma atividade prazerosa junto à natureza”, destaca.
O Porquê da Horta Comunitária
O objetivo do projeto é que os produtos colhidos sirvam para abastecer as casas e complementar a alimentação dos acolhidos, que fazem cinco refeições por dia. Em São Sebastião, são três unidades com 12 famílias e 63 homens abrigados. Atualmente, dez canteiros estão cultivados, mas a ideia é ampliar a horta.
Para Júnior Serra, coordenador do projeto pelo Instituto Inclusão, no futuro, a horta comunitária poderá gerar renda e ocupação para as pessoas em situação de vulnerabilidade da região.
“As pessoas podem colher e levar os produtos para vender nas feiras que acontecem aos finais de semana”, afirma.
Júnior Lopes, acolhido no projeto, afirma que cuidar da horta comunitária é uma ótima ocupação. Ele vai ao local aos sábados para ajudar na manutenção dos canteiros e conta com orgulho que ajudou a plantar o primeiro pé de cebolinha da horta.
Frutos da Horta Comunitária
Na semana passada, folhas de couve e de rúcula foram colhidas. E mais pés de três tipos diferentes de alface, cheiro verde, cebolinha, jiló, quiabo, além de mais couve e rúcula estarão prontos para a colheita em quatro semanas.
Grande parte dessa conquista é conquista de padre Paim, da paróquia Santo Antônio. Ao final de todas as missas ele fala da horta e estimula que as pessoas usem os canteiros para cultivar produtos. “Uma senhora que mora aqui perto plantou abóboras e ela ou a filha vêm regá-las todo dia”, elogia.