O biólogo Pedro Fruet recebeu, este ano, o prêmio internacional Whitley Award, devido seu trabalho em prol da conservação da biodiversidade, com projeto de proteção aos botos no Rio Grande do Sul.
O prêmio, conhecido como “Oscar de Ecologia” rendeu ao biólogo — que atua há mais de 10 anos no projeto — o valor de R$300 mil, que segundo ele, será utilizado para avançar no trabalho de proteção aos mamíferos aquáticos.
Projeto de Proteção Aos Botos: Como Funciona?
Na região do Estuário da Lagoa dos Patos foi desenvolvida uma área de proteção ao botos pelo biólogo, visto a intensidade da pesca no local. Para isso o gaúcho estudou o comportamento dos mamíferos, além de monitorar atividade ilegal dos pescadores.
Entre as novas propostas para o projeto de proteção aos botos, através dos recursos conquistados com o Whitley Award, Pedro pretende buscar alternativas sustentáveis aos pescadores, que por motivos de renda, acabam colocando a espécie sob ameaça de extinção.
Além disso, o biólogo também almeja o desenvolvimento de um aplicativo para denúncias de pescas ilegais na área, a fim de proteger não só as espécies de botos, mas também toda a biodiversidade local.
Oficinas de capacitação com professores e guias turísticos da região para reforçar o trabalho de conscientização da preservação das zonas costeiras e marinhas, também estão entre os planos de Pedro.
Prêmio Whitley Award
Realizado anualmente pela Whitley Fund for Nature (WFN), o prêmio internacional reconhece líderes profissionais, que atuam na conservação da biodiversidade.
Para a escolha das personalidades, uma avaliação minuciosa é feita por um painel acadêmico especializado, a fim de destacar as contribuições à conservação da vida selvagem com foco na Ásia, África e América Latina.
Além do apoio financeiro, o Whitley Award também garante treinamento em mídia e expressão verbal aos vencedores.
Ameaça Aos Botos
É de extrema importância que existam mais projetos de proteção aos botos, pois a pesca ilegal na região do Estuário da Lagoa dos Patos vem colocando a espécie de botos-de-Lahille em risco de extinção.
Pescadores utilizam redes para captar os mamíferos, que acabam sendo utilizados como isca para outras pescas, como a do peixe piracatinga, por exemplo, já que a carne do boto não é comestível.
Além da pesca, os cetáceos também sofrem ameaças de atropelamentos por embarcações, captura acidental e poluição.
Conheça mais sobre o trabalho do biólogo: