A mundialmente famosa Timberland, entre muitas inovações e peças diferenciadas, decidiu criar uma mata artificial. Em um cenário cada vez com menos verde nas cidades, nada melhor que chamar a atenção para a importância da arborização urbana.
E foi justamente essa a motivação da marca. Mostrar a importância e os benefícios da biodiversidade. E foi pensando nisso, que a Timberland apostou na ideia da floresta flutuante.
A marca escolheu o verão de Milão para aproveitar todo o frescor das árvores. Desse modo, é possível fazer com que o aroma das plantas passe pela cidade. Nesse sentido também foi criada uma estrutura própria para que os moradores sentem, descansem e recarreguem as baterias.
Como não podia deixar de ser, a marca usou disso para apresentar sua nova linha voltada para a sustentabilidade. Dessa maneira, todo o percurso da floresta é cercado de QR Codes, que os visitantes podem apontar e saber mais sobre o que a marca está mostrando.
Além disso, a experiência pode ser vista online, garantindo acesso a qualquer pessoa do mundo, não apenas para os visitantes ou moradores de Milão.
Como funciona a floresta flutuante
Toda estrutura da floresta possui pontos importantes. O primeiro é chamado de “Timberloop Take Back Program”, tendo como foco incentivar os consumidores que devolvam seus tênis usados.
Esses calçados devolvidos, serão selecionados e recondicionados, seja para revender ou para desmanche. Onde algumas partes serão reutilizadas e outras serão recicladas.
O segundo é dedicado ao “GreenStride”, uma das novidades da marca. Que consiste na fabricação de solas de sapatos que conta com uma contribuição de 75% de cana de açúcar e de borracha de árvores. O que torna o solado mais confortável e bem mais leve.
Já o ponto seguinte é o chamado “Hear & Breathe”, que aborda sobre o impacto positivo da natureza na cidade de Milão e na vida de seus moradores. A mostra expõe o conceito da floresta artificial como um ecossistema independente, que tem importante impacto na absorção de CO2.
Como a Semana de Design 2022 de Milão já terminou, o local não está mais disponível. Entretanto, ainda é possível vê-lo online.
Mas fique tranquila, as plantas não foram descartadas e nada foi desperdiçado. A estrutura era modular, sendo facilmente desmontada, já as espécies foram doadas para o projeto de regeneração de plantas do Parque Vettabbia.
Um projeto administrado pelo grupo Soulfood Forestfarms Hub Italia, um entidade sem fins lucrativos que é especialista em fazer transições ecológicas de locais para novos territórios, negócios e instituições.
O artista por trás
A instalação da floresta flutuante foi desenvolvida pelo estúdio de design Stefano Boeri Interiors. Seu fundador, Stefano Boeri, é um grande entusiasta do verde nas cidades. Inclusive já fez vários projetos de florestas ao redor do mundo.
Ele espalhou várias florestas verticais pelo mundo, como França, China e Egito, entre outras importantes cidades. Inclusive, fica em Milão sua obra mais famosa, o Bosco Verticale.
