A gigante automotiva Stellantis, que possui nada menos que 14 marcas de carros, incluindo Citroen, Dodge, Chrysler e Jeep, revelará um veículo elétrico a bateria acessível ainda este ano, com um preço inicial abaixo de US$ 27.000 (R$120.000 na cotação atual), de acordo com a Bloomberg e a Autocar.
Produzido sob a marca Citroen na fábrica do grupo na Eslováquia, o modelo futuro terá a designação e-C3 e se posicionará em algum lugar entre o Dacia Spring fabricado na China e o Opel Astra elétrico. Em outras palavras, presumivelmente terá um tamanho semelhante ao do Chevrolet Bolt EV, que em breve será descontinuado, e oferecerá uma autonomia de mais de 186 milhas (300 quilômetros) com uma carga completa.
O próximo VE da marca francesa também competirá com a próxima geração do Renault 5, bem como com o hatchback elétrico acessível planejado pela Volkswagen, que ainda está a cerca de dois anos de distância.
Em março, o fabricante de automóveis com sede na França afirmou que planejava lançar uma diversidade de pequenos veículos elétricos com preços em torno de US$ 27.000, superando seus principais concorrentes europeus por alguns milhares de dólares.
Detalhes técnicos concretos ainda não foram revelados, mas a montadora francesa mencionou que o novo e-C3 terá cerca de 157 polegadas (4 metros) de comprimento e será “totalmente equipado” como padrão, o que significa que provavelmente terá ar-condicionado e vidros elétricos.
Além disso, a Citroen mencionou que seu novo hatchback de zero emissões acessível será baseado em uma plataforma chamada “BEV-native”, sem entrar em mais detalhes.
A Autocar escreve que ele terá uma forte relação com o C3 que estreou na Índia no ano passado e posteriormente na América do Sul, com base em uma versão da arquitetura CMP do grupo, que também sustenta o Jeep Avenger e o Opel Corsa.
Para manter os custos baixos, o CEO da Citroen afirmou que o novo carro elétrico será oferecido em apenas três níveis de acabamento, cada um com um máximo de cinco opções, uma tática que foi recentemente empregada por outros fabricantes de automóveis, como a Ford, na tentativa de simplificar o processo de produção e aumentar as margens de lucro.
A montadora francesa, que foi fundada há 104 anos, está mirando uma participação de mercado de 5% na Europa, que poderá ser alcançada já no segundo semestre deste ano, em comparação com os 3,7% do ano passado, de acordo com o chefe da empresa.