O primeiro uso da bateria acontecerá durante um projeto de demonstração na cidade natal da empresa, em Sardenha, na Itália. A empresa propõe uma bateria de CO2 de 100 MWh, que pode auxiliar no aumento do uso de energia renovável dentro do mix energético – como é chamado, em sustentabilidade, o uso conjunto de várias formas de energia – e, de quebra, suprir a necessidade de armazenamento em sistemas off-Grid.
O ciclo ideal de carga/recarga varia de 4 à 24 horas, o que a torna perfeita para ciclos diários. A companhia salienta que este é um mercado em rápido desenvolvimento, e que não tem sua demanda suprida pelas baterias comuns. A bateria de CO2 pode ser recarregada durante o dia, quando há uma maior abundância de raios solares que fornecem a energia necessária para que as baterias sejam usadas durante os períodos da tarde, noite e manhã, quando há menos luminosidade
Como funciona a bateria de CO2?
Com o uso de componentes de baixo-custo “diretos da prateleira”, a companhia afirma que a sua bateria de CO2 alcança cerca de 75 – 80% de eficiência. Ao contrário das baterias de lítio, que começa a ter sua performance significativamente afetada após uma década de uso, as baterias de CO2 mantém sua performance mesmo após 25 anos.
Isso significa que o custo de armazenamento de energia dentro de uma bateria de CO2 será, praticamente, metade do preço de armazenamento em uma bateria de lítio do mesmo tamanho.
Energy Dome usa o CO2 com em um “ciclo fechado”, onde a bateria muda seu estado de gasoso para líquido e, então, de líquido para gasoso novamente. O Domo, que dá nome à empresa e à bateria, é um reservatório de gás atmosférico inflável, preenchido com CO2 em estado gasoso.
Quando o sistema está carregando, ele obtém um pouco de energia elétrica através das grades de painel solar ou de turbinas eólicas, que carregam o compressor. O compressor, por sua vez, utiliza o CO2 do domo e o comprime, gerado calor, que é armazenado como energia térmica.
Em seguida, o CO2 é submetido sobre pressão atmosférica e, então, liquefeito e armazenado em vasos de CO2 líquido em temperatura ambiente, para completar o processo de recarga.
O financiamento foi concluído graças aos esforços da 360 Capital, juntamente com outros investidores, incluindo o programa “Sustainable Impact Capital” do Barclays, uma divisão do gigante bancário Barclays, cujo objetivo é financiar projetos que visam a criação de novas tecnologias sustentáveis. Além disso, o projeto contou com o financiamento do Novum Capital Partners, sediado em Genebra; da Third Derivative, uma start-up fundada pela RMI e a New Energy Nexus, que tem como objetivo acelerar o desenvolvimento de tecnologia que ajude a diminuir os avanços do efeito estufa.