Nos últimos anos, o potencial de geração de energia renovável cresceu de forma substancial no Brasil. Tudo isso, porque grande parte dos estados do nordeste lideram a produção de energias limpas devido a suas características geológicas: muita luz e fortes ventos.
Hoje, somente com energia solar, ao Brasil possui 4.574 MW em geração centralizada ou por parques solares e 7.617 MW de geração distribuída para telhados fotovoltaicos.
Quando se trata da fonte de energia eólica, o país faturou mais de R$ 35,8 bilhões com 751 parques em 12 estados onde existem 8.820 aerogeradores com capacidade de 20,10 GW e que têm previsão de atingir 32,23 GW até 2026.
Alta Adesão de Parques de Energia Renovável no Nordeste
Com o Nordeste liderando a produção, o potencial do estado de Pernambuco, por exemplo, é de cerca de 1.220 GW em energia solar e 74 GW em energia eólica. O local é considerado de alto potencial eólico e solar, por isso, estão sendo realizadas uma série de implantações e desenvolvimentos no que se diz repeito a energia renovável.
“Em 2021, já entraram em operação mais de 3.400 MW provenientes das mais diversas fontes de energia renovável, com a solar correspondendo a 48% dessa expansão. Atualmente, 85% da nossa matriz elétrica é limpa e renovável”, destacou o secretário Adjunto de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Domingos Romeu Andreatta.
“Somos um exemplo para o mundo e estamos trabalhando para elevar esse percentual e diversificar ainda mais as nossas fontes de energi renovável”, acrescentou.
O anúncio mais recente e animador para a Bahia foi o da chegada do 2º maior parque híbrido do país, o Complexo Alfazema, que será instalado entre as cidades de Ibicoara e Barra do Estiva, no centro-norte do estado. Este só perde para o Complexo Castanheira, também na Bahia, em Sento Sé.
Estima-se que cerca de 11 mil empregos diretos e indiretos serão gerados na construção do novo empreendimento, de propriedade da Quinto Energy, empresa baiana. A construção geradora de energia renovável deve começar entre o fim deste ano e o início de 2023, segundo os diretores.
Ainda que não sejam tão visíveis, é correto afirmar que a adesão de energia renovável tem um crescimento ascendente entre os consumidores, o poder público e privado, de forma a reduzir as despesas de energia elétrica.
Nos próximos dez anos, são esperados investimentos de mais de R$ 100 bilhões somente na geração de energia solar, representando 28% de todos os investimentos no setor elétrico nesse período.
Entre os incentivos oferecidos pelo governo federal está a eliminação de impostos de importação sobre sistemas de energia solar, o que possibilitou o aumento da competitividade das fontes solares no Brasil tanto para geração centralizada quanto para geração distribuída.