O plástico representa um dos maiores problemas ambientais da atualidade e mesmo com o incentivo à reciclagem, existem ainda categorias que não podem ser reaproveitadas. Buscando novas soluções, um jovem cearense elaborou um plástico biodegradável através de batatas com potencial para substituir o plástico não reciclável, de forma extremamente sustentável.
O plástico de batatas, como denominou o criador Matheus Brito, foi produzido pelo estudante do Ensino Médio com o auxílio do seu professor Leonardo Sousa.
A pesquisa, realizada no Colégio Paraíso em Juazeiro do Norte, levou três anos para garantir o material biodegradável, que também rendeu uma publicação na revista científica e-Ciência, na categoria de Iniciação Científica Júnior.
Soluções Além do Plástico Biodegradável
Além da invenção do jovem brasileiro, outras soluções que visam substituir o plástico não reciclável, como os da sacola, vêm despontando pelo mundo afora através de talentos prematuros.
Na Austrália, por exemplo, uma estudante de 17 anos desenvolveu um filme plástico biodegradável feito com cascas de camarão.
De acordo com a estudante, o material é bastante resistente, inclusive, se degrada a partir de 30 dias quando disposto em aterros.
A invenção ainda recebeu prêmios como o da BHP de Ciência e Engenharia.
O filme plástico de camarão, assim como o plástico de batatas brasileiro aumentam as expectativas de um futuro mais sustentável, por meio de tecnologias inteligentes e revolucionárias feitas por mãos jovens.
O impacto das sacolas plásticas
Também vale a pena ressaltar como criações como o plástico biodegradável do jovem cearense podem acabar de vez com o impacto ambiental causado pelo uso das sacolas plásticas.
Visto que a maioria desses artigos são produzidos com plástico não reciclável, o fim das sacolinhas usadas em comércios e mercados acaba sendo o aterro sanitário, sem contar, que muitas vão parar em cursos naturais de água, como rios e até no oceano.
As sacolas de plástico não reciclável são consideradas um grande problema para todo o ecossistema, devido seu período de decomposição, que gira em torno de 400 a mil anos.
Quando lançadas nas águas, são geralmente confundidas com alimentos, causando problemas gastrointestinais e até a morte de várias espécies marinhas. Diante de tantos prejuízos, a descoberta brasileira abre uma esperança para o fim das sacolinhas não degradáveis no Brasil e no mundo.