De acordo com José Roberto Cardoso, membro do Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas e professor da Escola Politécnica da USP, a energia limpa é criada a partir de biomassas, isto é, resíduos que o ser humano deixa, que podem ser queimados e nesse processo gerar energia totalmente limpa.
Entre esses resíduos estão inclusos a serragem, palhas de arroz, caroços de frutas e cavacos (que são pedaços pequenos de madeira oriundos de uma trituração) de madeira.
Ainda segundo Cardoso, o foco será utilizar madeiras legalizadas, tendo em vista que o objetivo não está apenas em gerar energia limpa, mas também existe uma preocupação com o meio ambiente, para que essa energia realmente ajude o meio ambiente em todas as suas frentes, impactar positivamente a sociedade e dar segurança a produção ao longo de seu caminho.
Como funciona o projeto?
No caso da serragem e/ou dos cavacos de madeira, para gerarem energia, precisam ser queimados e produziram um gás de baixo poder de calor, sendo utilizado, sobretudo, para mover motores a combustão.
Embora Cardoso concorde que é bem mais simples e barato, gerar energia através de combustíveis fósseis, ele considera que hoje em dia não faz mais sentido produzir energia dessa forma, pelo grande impacto negativo que isso gera ao ambiente. Ainda mais que o projeto de criar energia com resíduos de madeira está inserido dentro da Amazônia Legal.
Para ele, a questão de usar resíduos de madeiras de madeireiras legalizadas é a única forma de melhorar as práticas ambientais, sociais e governamentais do meio ambiente. Pois utilizando resíduos de madeiras ilegais, não haverá reposição dessas árvores e toda a melhora irá por água abaixo.