Uma nova solução para limitar e quem sabe até acabar de vez com o uso do plástico descartável em diversos produtos chega ao mercado ainda este ano, a seda vegana.
De acordo com uma pesquisa publicada no periódico Science, mais de 28 milhões de toneladas de lixo plástico poderá chegar aos oceanos nos próximos dez anos. Diante desta trágica realidade, projetos como o da Seda Vegana abre esperança para possíveis mudanças no comportamento das empresas, como também da preferência de consumo da própria sociedade.
A seda vegana inglesa
A seda vegana e biodegradável foi elaborada a partir de estudos com objetivos bem diferentes ao que se refere à sustentabilidade.
Segundo os pesquisadores da Universidade de Cambridge, Inglaterra, a proposta da pesquisa era, na verdade, analisar as interações funcionais de proteínas da doença de Alzheimer.
Com base nesta investigação, eles descobriram que todas as proteínas são feitas de cadeias polipeptídicas, o que abre chances para criar macromoléculas vegetais extremamente resistentes, como foi o caso da seda vegana.
A seda vegana ainda foi desenvolvida com recursos sustentáveis, sem componentes químicos ou industriais.
O novo substituto do plástico descartável chegará ao mercado ainda este ano, através da empresa Xampla, que também pertence à Universidade de Cambridge na Inglaterra.
Neste primeiro momento, a seda vegana será utilizada em sachês e cápsulas de pastilhas para lava-louças e de detergentes para a roupa.
Além disso, a empresa espera lançar no próximo ano embalagens de alimentos com o novo material.
Veja mais sobre a Seda Vegana neste vídeo!
Mais sobre a crise mundial da poluição de plástico
A produção de milhares de novos produtos plásticos por ano acaba sendo muito maior do que a capacidade de coletá-los e descartá-los adequadamente.
Devido a esse processo, uma crise mundial de poluição por plástico vem se instalando cada vez mais rápido no planeta.
Países com sistemas de coleta de lixo ineficientes, além é claro, da cultura de descarte incorreto entre a própria sociedade eleva a preocupação entre pesquisadores e ambientalistas sobre o futuro do ecossistema.
Como resultado de toda essa ação insustentável, milhões de animais são mortos devido ao contato com o resíduo em seu habitat.
Vale alertar também, que já foram encontradas pequenas partículas do material, chamadas de microplásticos em fontes de água potável, colocando em risco o próprio consumo humano.
