O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) chacoalhou o mercado automobilístico brasileiro ao apresentar um novo padrão de avaliação para a autonomia dos veículos elétricos do país. O objetivo desse movimento é alinhar as expectativas dos consumidores com a realidade prática de uso desses veículos em condições climáticas e estruturais brasileiras.
De acordo com os novos dados do Inmetro, a autonomia média das baterias de carros elétricos é 30% inferior aos números originalmente divulgados pelas montadoras. A principal conclusão? A realidade brasileira é bastante distinta dos padrões europeus (WLTP) e americanos (EPA), frequentemente adotados pelas montadoras para estimar a autonomia de seus modelos. E, ao que tudo indica, essa diferença é bem acentuada.
Entre as montadoras mais impactadas por essa nova medição temos a Mercedes-Benz e a BMW. O modelo Mercedes-Benz EQE 300, por exemplo, teve sua autonomia revisada de 645 km para 369 km, uma queda de 42,8%. Já o BMW i4 M50 experimentou uma descida de 35% em sua autonomia, passando de 510 km para 335 km.
Quem acabou destacando-se nessa nova lista foi o Chevrolet Bolt, ocupando a terceira posição no top 15 dos carros com maior autonomia, segundo os novos parâmetros do Inmetro.
Esta atualização é uma novidade importantes para o consumidor brasileiro. Com ela, o Inmetro procura garantir que os motoristas tenham acesso a informações mais precisas ao adquirirem um veículo elétrico, permitindo escolhas mais conscientes e alinhadas à realidade local.
Espera-se, com isso, que este seja um passo significativo na maturidade do mercado nacional de veículos elétricos e que as montadoras se adaptem a essa nova realidade, priorizando a transparência e a qualidade das informações divulgadas ao consumidor.
Fonte: Inmetro