Em busca da democratização de carros elétricos no Brasil, uma aliança de nove empresas do setor de mobilidade urbana se reunirão pela primeira vez para impulsionar a infraestrutura da eletrificação de veículos.
Nomeada ‘Aliança Pela Mobilidade Sustentável’ a iniciativa tem como carro chefe o aplicativo 99 e parceria com as empresas Zletric, Unidas, Raízen, Tupinambá Energia, Movida, Ipiranga e CAOA Chery.
Como Funcionará a Aliança Empresarial Pela Democratização de Carros Elétricos?
De acordo comunicado enviado por membros da aliança empresarial, o objetivo principal é promover a acessibilidade de carros elétricos, otimizando a infraestrutura para esses carros no país.
Com a aliança, a 99 almeja aumentar a participação de carros elétricos em 10% das vendas, criar cerca de 10 mil postos públicos de carregamento e ter 100% da sua frota eletrificada até o ano de 2030.
Para isso acontecer, será necessário diminuir barreiras para a aquisição de veículos elétricos, a facilitação do aluguel destes modelos para motoristas do aplicativo e apoio financeiro para montadoras, fornecedores de peças e, claro, a resposta do público frente a essas movimentações.
“Os carros elétricos possuem menos impacto ambiental, preservam a saúde das pessoas e também reduzem custos com combustível em até 75%, mas ainda são muito mais caros do que os convencionais. Esta aliança veio para deixar esses modelos mais acessíveis para os motoristas e para as pessoas que mais precisam deles.”, diz Thiago Hipólito, diretor do DriverLAb da 99, centro de inovações da empresa focado nos motoristas parceiros.
Futuro da Democratização de Carros Elétricos no Brasil
Para desenvolver esse conceito de ecossistema no Brasil, a aliança conta com a experiência adquirida pelo mercado chinês, local onde se opera mais de 30% de todas as estações públicas de carregamento por meio de uma rede de parcerias.
A aliança não divulgou valores do investimentos a serem realizados no decorrer do tempo. Porém, a ação faz parte de série de investimentos da 99 previsto em R$ 250 milhões para os próximo 3 anos, sendo somente em 2022,R$ 100 milhões.
O aplicativo pretende lançar, no mínimo, 300 carros elétricos, ainda em 2022, e chegar a 10 mil até 2025 (além de 100% da frota elétrica até 2030). A cidade de São Paulo será adotada como pólo pioneiro para implementação do programas a fim de inspirar outras regiões do país.
No país, montadoras têm se esforçado para tornar os carro elétricos uma opção cada vez mais acessível. A grande dificuldade está nas baterias dos automóveis (infelizmente caras e sem opção definida de descarte) e na criação de um plano nacional de infraestrutura para os novos veículos.
Apesar disso, a Aliança deve mostrar que o Brasil tem espaço para lidar com os elétricos. As questões que ficam, por enquanto, são as mesmas: quanto isso vai custar e qual será a contribuição real possível de ser atingida pelas empresas no país.
Para isso, as empresas pretendem envolver cada vez mais parceiros ao longo do tempo, incluindo a iniciativa privada, o terceiro setor e o poder público.
