Um físico australiano está liderando um esforço para ser pioneiro em um novo tipo de energia solar de baixo custo que ele acredita que poderia tornar energia renovável facilmente acessível para todos.
Em maio do ano passado, o professor da Universidade de Newcastle, Paul Dastoor, usou células solares orgânicas impressas para alimentar telas e monitores em uma exposição em Melbourne.
Com menos de um milímetro de espessura e presos com fita adesiva dupla face, os painéis têm textura semelhante a um pacote de batatas fritas e podem ser produzidos por menos de US$ 10 (ou cerca de R$50 na cotação atual) o metro quadrado.
Dastoor trabalha na tecnologia há mais de uma década, mas agora iniciou uma instalação de 200 metros quadrados – a primeira aplicação comercial desse tipo na Austrália e possivelmente no mundo.
“O baixo custo e a velocidade com que essa tecnologia pode ser implantada são empolgantes, pois precisamos encontrar soluções e rapidamente reduzir a demanda de energia de carga básica – uma preocupação renovada à medida que nos aproximamos de outro verão aqui na Austrália”, disse o físico.
A tecnologia solar impressa não é tão eficiente quanto a baseada em silício e se degrada muito mais rapidamente. Mas Dastoor acredita que seus baixos custos de produção e instalação a tornariam competitiva.
A instalação comercial foi concluída em um dia por cinco funcionários, e uma impressora de tamanho industrial pode produzir centenas de metros do produto em um dia.