Os líderes da União Europeia concordaram com a meta de reduzir o nível de emissões em pelo menos 55% até o ano 2030, em comparação com os níveis de 1990. A meta anterior era uma redução de pelo menos 40% até 2030.
O acordo foi fechado em uma cúpula que ocorreu em Bruxelas, na Bélgica. O Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, confirmou a notícia via Twitter, descrevendo a Europa como “o líder na luta contra as mudanças climáticas”. Já Ursula von der Leyen, que é presidente da Comissão Europeia, disse que a meta “coloca (a UE) em um caminho claro para a neutralidade climática em 2050”.
A nova meta visa a colocar a União Europeia (UE) no caminho certo para alcançarum nível de emissões zero até 2050, prazo que os cientistas defendem que o mundo deve cumprir para evitar os impactos mais catastróficos das mudanças climáticas.
Oposição à Nova Meta da Redução do nível de emissões
Entre aqueles que reagiram às notícias estava Jytte Guteland, um deputado europeu e o relator do Parlamento Europeu para a legislação europeia em matéria de clima. Para ele é importante que não acreditemos que a meta seja suficiente.
“Eu tenho um forte mandato dos representantes eleitos no Parlamento Europeu para pressionar por mais ambições climáticas. Pretendo fazer isso quando nos encontrarmos e negociarmos”, afirma.
Em outro lugar, a unidade europeia do Greenpeace disse que o acordo expôs uma relutância dos governos em seguir a ciência e combater as causas da emergência climática.
De acordo com Sebastian Mang, consultor de política climática do Greenpeace na União Européia, as evidências mostram que o acordo foi apenas uma pequena melhoria nos cortes do nível de emissões que a UE já deve alcançar. “Isso mostra que a conveniência política tem precedência sobre a ciência do clima e que a maioria dos políticos ainda têm medo de enfrentar grandes poluidores”, acrescentou.
Já Colin Roche, o coordenador de justiça climática da Friends of the Earth Europe, disse que a nova meta ainda está muito longe da vitória de que o clima precisa. “Nossos líderes devem ir mais longe para entregar a parte justa da Europa na ação global para reduzir o nível de emissões de carbono e cumprir o acordo que fizeram em Paris há cinco anos”, disse Roche.
Próximos Passos da UE na redução do nível de emissões
Para fortalecer a resposta global à crise climática, a União Europeia colocou essa agenda no centro dos seus esforços diplomáticos nos próximos anos e pretende apoiar as economias de fora do bloco, como o Brasil, a aumentarem a sua ambição dentro do Acordo de Paris. Assim, promove a troca de diálogo e conhecimento entre pares com grandes economias não-europeias, visando envidar esforços para o atingimento dos objetivos do Acordo de Paris.
Neste contexto, o programa Strategic Partnerships for the Implementation of the Paris Agreement (SPIPA) está sendo implementado em estreita colaboração com a Comissão Europeia e o Serviço Europeu de Ação Externa, com financiamento do Instrumento de Parceria da UE e do Ministério Federal Alemão para o Meio Ambiente, Conservação da Natureza e Segurança Nuclear (BMU).
O programa também pretende contribuir para a melhoria da consciência pública, inclusive na comunidade empresarial, sobre os desafios e oportunidades associados à implementação do Acordo de Paris.
