A Petrobras anunciou recentemente a assinatura de uma carta de intenções com a Equinor, empresa norueguesa, para avaliar a viabilidade de construção de sete projetos de energia eólica offshore na costa brasileira. A capacidade instalada desses projetos é de 14,5 GW, com um capex de US$ 52,2 bilhões ou R$ 271 bilhões, o que demandaria um investimento significativo da Petrobras.
A iniciativa da Petrobras é um grande passo em direção à transição energética ecológica. O objetivo é diversificar a receita para fontes renováveis, como parte do plano estratégico da companhia para os próximos cinco anos.
No entanto, alguns executivos do setor questionam a opção pelas eólicas offshore em vez das onshore. O capex para uma eólica offshore é três vezes maior do que o da onshore, o que pode ser considerado um alto custo para a empresa. Na Noruega, a escolha da energia eólica offshore é explicada pela falta de terra. No Brasil, por outro lado, terra é o que não falta.
Apesar dos altos custos, a energia eólica offshore tem algumas vantagens, como a elevada velocidade e estabilidade dos ventos em alto-mar, livres de interferência de barreiras como rugosidade do solo, florestas, montanhas e construções. Isso pode levar a um fator de capacidade mais elevado nas eólicas offshore, o que pode compensar os custos mais altos. De fato, dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostram que o fator de capacidade das eólicas offshore é um pouco superior em comparação às onshore.
“Esse acordo vai abrir caminhos para uma nova fronteira de energia limpa e renovável no Brasil, aproveitando o expressivo potencial eólico offshore do nosso país e impulsionando nossa trajetória em direção à transição energética”, disse Jean Paul Prates, Presidente da Petrobras.
Além da energia eólica offshore, a Petrobras também pretende investir em outras fontes renováveis, como o hidrogênio verde, a captura de carbono e o biorefino. Essa estratégia de diversificação de receita é essencial para a empresa, que já tem um plano estratégico para investir US$ 78 bilhões entre 2023 e 2027, com 80% para exploração e produção de petróleo (principalmente no pré-sal) e US$ 15,6 bilhões para outras destinações.
Os 7 parques eólicos offhore em análise estão distribuídos em 6 Estados brasileiros:
Piauí – Mangará;
Ceará – Ibitucatu;
Rio Grande do Norte – Colibri;
Rio de Janeiro – Aracatu 1;
Espírito Santo – Aracatu 2;
Rio Grande do Sul – Ibituassu;
Rio Grande do Sul – Atobá;
Projetos de Parques Eólicos Offshore em avaliação/ Fonte: Agência Petrobras
Atualmente, o Brasil tem 23 GW de capacidade de geração de eólicas onshore e outros 23 GW de parques de geração solar. A iniciativa da Petrobras é ambiciosa, mas pode ser um marco para a transição energética do país. A energia eólica é uma das principais fontes de energia renovável, e o Brasil tem um grande potencial para a geração de energia eólica e solar. A iniciativa da Petrobras pode ajudar a impulsionar a indústria de energia renovável no país, gerando empregos e reduzindo as emissões de gases de efeito estufa.
As pessoas também perguntam
Qual é o objetivo da Petrobras ao assinar a carta de intenções com a Equinor?
O objetivo é avaliar a viabilidade de construção de sete projetos de energia eólica offshore na costa brasileira, como parte do plano estratégico da companhia para os próximos cinco anos, visando diversificar a receita para fontes renováveis.
Por que a opção pelas eólicas offshore em vez das onshore está sendo questionada?
Porque o capex para uma eólica offshore é três vezes maior do que o da onshore, o que pode ser considerado um alto custo para a empresa, apesar das vantagens como a elevada velocidade e estabilidade dos ventos em alto-mar.
A Petrobras está comprometida com a redução das emissões de gases de efeito estufa?
Sim, além da energia eólica offshore, a empresa também pretende investir em outras fontes renováveis, como o hidrogênio verde, a captura de carbono e o biorefino, como parte da sua estratégia de diversificação de receita essencial para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.