Com a crescente adoção da energia solar no Brasil, a capacidade instalada vem crescendo cada vez mais.
O ponto alto foi em 2012, com a Resolução Normativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para que a população pudesse gerar a própria energia a partir de fontes renováveis. Com isso, o país chegou a subir de 93 MW em 2016, para 1160 MW, em 2017.
No ano anterior, de acordo com informações da Associação Brasileira de Energia Fotovoltáica (Absolar), o montante cresceu cerca de 13 mil MW. Para esse ano, a projeção é que o montante chegue a cerca de 25 mil MW, quase o dobro de 2021, devido ao novo Marco Legal da Geração Distribuída que entrou em vigor em janeiro.
Novo Marco Legal Para Energia Solar
O potencial de geração de energia solar no Brasil é imenso, mas ainda subaproveitado, principalmente em residências. Isso se explica pelo fato de muitas pessoas não terem noção do que é necessário para transformar tetos ou áreas abertas em pequenas geradoras de energia através de placas solares.
Por isso, a nova lei tem como um de seus objetivos, incentivar os consumidores a adotarem a energia solar em suas residências, afinal, a tarifa da eletricidade cresceu 114% nos últimos anos, em conjunto a alta dos preços de bens de consumo.
A nova lei institui que a cobrança denominada Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição ou “Taxação do Sol”, agora, vai reduzir consideravelmente a conta de luz para quem adotar a energia fotovoltaica em casa.
“Ela deu segurança jurídica ao setor que até então estava apoiado em uma resolução da Aneel, que não tem a mesma força”, diz Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Absolar.
Porém, a Aneel conseguiu recorreu da decisão, alegando prejuízos para a distribuição, com a isenção dessa taxa. A previsão é que a taxação baixa continue para quem já usava a energia solar e dure apenas um ano, para quem acaba de adquirir — em 2023, as regras mudarão para os entrantes, sob responsabilidade da Aneel.
Para além disso, um estudo divulgado pela consultoria Greener, afirma que houve uma diminuição considerável nos valores de peças e instalação do sistema fotovoltaico em residências. Se em junho de 2016, a instalação de energia solar distribuída custava cerca de R$ 35,000, no mesmo período em 2021, o valor caiu para R$ 19.520.
O valor investido no sistema volta para o comprador com o barateamento da conta de luz pela nova lei. Se ante, o payback médio era calculado em cinco anos. Com a bandeira vermelha, passou para quatro.
Como Funciona a Energia Solar Distribuída?
A energia solar distribuída, ou energia solar para residências, funciona através da instalação de placas fotovoltaicas nos telhados. Todas elas são ligadas por cabos e fios, formando um sistema que alimenta o relógio de luz, que recebe a eletricidade da empresa de energia responsável.
Através de aplicativos, é possível controlar a emissão de eletricidade do sistema de energia solar. Caso haja geração a maior que o limite pretendido pelo usuário, é possível ter créditos com a concessionária de energia, tornando-se cumulativos (o que barateia o custo).
Outra grade vantagem, é o viés 100% sustentável: ao gerar energia através de painéis solares, o sistema não tem a necessidade de queimar gás natural para gerar eletricidade. Com isso, é possível reduzir a necessidade de hidrelétricas, que alagam florestas, ou de carvão, ou gás queimados para a geração de energia por usinas térmicas.
Com informações de Agência Brasil.