Esperança para um consumo de energia mais limpo! Segundo relatório divulgado pela Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar) o sistema de geração distribuída solar alcançou 1 milhão de adesões no Brasil.
Segundo o mapeamento da associação, são ao todo 10,6 gigawatss (GW) de potência adquirida em pequenos terrenos, telhados e fachadas, utilizada por residências, consumidores rurais, comércio, indústria, serviços e poderes públicos.
Como Se Deu a Grande Adesão de Sistemas de Geração Distribuída Solar
A grande adesão do sistema de geração distribuída solar se deu pelos R$ 57 bilhões em investimentos, em 2012, quando foi instituída a regulamentação para a geração distribuída pela Agência Nacional de Energia Elétrica, gerando 320 mil empregos no decorrer dos anos.
Ainda segundo a entidade, referente a capacidade instalada da geração distribuída solar (o que significa usinas com até 5MW instaladas em um local ou próximo a ele), representam cerca de 60% da potência total.
Em contrapartida, consumidores residenciais são os campeões no uso da modalidade energética, com 77,6% destinados a sistemas conectados à rede e 45,4% em potência instalada. O restante do total, é ocupado pelos setores de pequenos comércios e serviços, com 32,3% de potência e 12,5% de conexões; setor industrial, consumidores rurais e o setor público.
De acordo com a Absolar, o sistema de geração distribuída solar deverá bater a marca dos 14 gigawatss até setembro deste ano, impulsionada pelos aumentos nas tarifas de energia a elétrica acima da inflação e pela publicação do mercado regulatório do segmento.
O valor equivalente a uma grande usina hidrelétrica, como a de Itaipú, no estado do Paraná. Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul são, respectivamente, os estados com o maior índice de produção nacional.
Mais Além do Retorno Financeiro do Sistema de Geração Distribuída Solar
Mais além do impacto positivo financeiro da alta adesão de sistema de geração distribuída solar, essa modalidade de energia pode representar um retorno ao meio ambiente mais efetivo no futuro, com o investimento em pesquisa e infra estrutura. Essa evolução passa por uma maior eficiência dos painéis fotovoltaicos e a utilização de novos materiais na produção dos equipamentos.
O professor dos cursos de Engenharia Elétrica e Engenharia de Energia da Universidade Positivo (UP), José Frederico Rehme, lembra que a base da eletrônica, de uma forma em geral, é o silício. O material também é fundamental dentro da indústria de painéis fotovoltaicos e da veiculação de sistema de geração distribuída solar.
“Mas, já há muitos anos que se vem estudando a possibilidade do aproveitamento de outros compostos”, diz o professor. Ele ressalta que o silício não é raro ou de alto custo, porém representa alguns impactos ambientais, pois a sua obtenção implica mineração.
Rehme informa que um dos ramos das pesquisas para substituição do silício envolve cadeias carbônicas sintetizadas. Outro tópico que deve avançar é a eficiência dos equipamentos atuais. Hoje, conforme o integrante da Universidade Positivo, os painéis fotovoltaicos apresentam um rendimento de 16% a 25% de conversão de energia. “Ou seja, 16% a 25% da energia que chega do sol é transformada em geração elétrica, ainda precisa melhorar muito”, aponta.